O problema de saúde pública no país está
relacionado às malversações dos recursos públicos. Neste contexto, os gestores
das unidades de saúde (hospitais, UPAS e outras) e os nossos políticos deixam a
infraestrutura da saúde definhar, medicamentos ficarem escassos ou faltarem,
sobrecarregam de atividades os profissionais existentes nas unidades para
lançarem mão de aditivos para contratarem serviços, compra de medicamentos e
contratações caducas e por indicação (muitas vezes com intuito político) sem as
licitações. Podemos observar nos diários oficiais dos municípios tais práticas.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) em seu
levantamento verificou que ocorreu a redução de quase 13000 leitos nos serviços
públicos. O Estado do Rio de Janeiro foi o que mais perdeu (aproximadamente
4000 leitos). Sabe-se que setores lentamente estão sendo fechados e
profissionais “liberados” para que o serviço prestado fique prejudicado. Desta forma,
as organizações sociais (OS) estão sendo infiltradas para “solucionarem os
problemas”. As mesmas (OS) contratam de forma precária profissionais de saúde,
reabrem setores antes fechados por “falta de profissionais” e consequentemente
aumenta-se novamente o número de leitos no serviço público. Cria-se uma falsa impressão
que tais organizações foram criadas para resolver o problema. Tem-se um efeito
DENOREX (parece, mas não é) o que realmente acontece é a reativação do que já
existia e sem aumento real de vagas.
Na mídia observamos dados de prefeituras
cadastradas no programa MAIS MÉDICOS com dificuldades de manterem os médicos
participantes do programa. Isto denota que o problema não é falta de médicos e sim
de infraestrutura. Além disso, teremos médicos trabalhando na mesma unidade
fazendo o mesmo serviço e recebendo salários diferentes. Grotesco. Haverá equiparação
salarial? Ocorrerá melhora na infraestrutura nestas unidades? Outro aspecto é
que os gastos com a manutenção destes profissionais irá ser muito superior ao informado
à sociedade. Despesas com moradias e outros gastos que não são computados aos
salários. Enquanto isto, hoje os estatutários e outros profissionais
contratados na área da saúde por “concurso” não têm o benefício nem da
passagem. Vergonha a farsa do programa. Tampar o sol com a peneira. Os problemas
continuarão. Como ficam os demais profissionais que estão há anos sem aumento?
Cabem aos conselhos de classe, sindicatos,
sociedade civil organizada e todos nós solicitarmos que as leis sejam
cumpridas. O que destoa na fala dos governantes é que “a lei tem que ser cumprida”,
mas vemos somente quando esta lhe favorece. Se isto é real para eles por que
muitas são descumpridas pelos mesmos? Por que não disponibilizam os dados quando
solicitados pela lei da transparência?
sociedade, MAIS MÉDICOS, organizações sociais, hospitais, UPAS, medicamentos
sociedade, MAIS MÉDICOS, organizações sociais, hospitais, UPAS, medicamentos
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